Título original: Pornografia
foi usada para subverter a arte nos anos 80
"Antes de dominar a palavra escrita, o homem já desenhava sacanagem nas paredes das cavernas"
"Antes de dominar a palavra escrita, o homem já desenhava sacanagem nas paredes das cavernas"
Entre
1980 e 1982, sob a ditadura militar, um grupo de jovens artistas utilizou a
estética e a performance do corpo como resistência política e ferramenta para
uma arte inovadora. Quase sempre pelados e sem medo de gozar, o Movimento de
Arte Pornô, produziu conteúdo inovador e libertário.
Depois,
Trindade e Teresa Jardim, Braulio Tavares, Ana Miranda, Cynthia Dorneles e
Sandra Terra juntaram-se a turma, que intitulou-se coletivo Gang. Juntos iam
para as ruas proclamar o amor e perpetuar o gozo nas artes, na política e na
vida.
“O
Pornopoema vai por no poema”
Apesar
do forte cunho político, o Movimento de Arte Pornô tinha uma consciência
estética e buscava criar novas formas de arte e poesia. Romper as amarras da
literatura e da arte também era um dos objetivos do grupo. Com a sensação de
que tudo já havia sido feito, eles queriam fazer um da strip-tease da arte, sem
o moralismo dos críticos e o vazio dos museus.
Apesar
do nome, o grupo nunca produziu pornografia tradicional. A ideia era utilizar a
sua lógica como ferramenta de combate político.
Para
isso, fez uso diversas linguagens, como literatura, performances, quadrinhos e
fotografia. Mas a poesia foi a principal ferramenta e era levada para espaços
públicos, com cartazes e proclamação. “O Poema Porno taí para abrir as pernas e
as ideias” , proclamavam.
O
grupo publicou três edições do zine Gang, livretos, camisetas, gravuras e
histórias em quadrinhos.
Saiba mais sobre Movimento aqui. E veja galeria de imagens em blog sobre o Movimento aqui.
Fonte: Catraca Livre
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Fonte: Catraca Livre
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